Após dois meses de baixa, produção industrial cresce 7% em maio, aponta IBGE
Após as perdas recordes com a pandemia em abril, a produção da indústria nacional cresceu 7% em maio, na série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a maior alta da produção da indústria desde junho de 2018 (12,9%), mês de retomada da economia após a greve dos caminhoneiros.
A leitura da indústria de maio ficou acima da mediana das projeções de 34 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de alta de 6,3% da produção em maio. O intervalo das estimativas variava de queda de 2% a elevação de 15,1%.
O resultado elimina, porém, uma parcela pequena das perdas provocadas pelas medidas de isolamento social nos meses de março (-9,2%, dado revisado de queda de 9%) e de abril (-18,8%, dado inalterado).
Frente a maio de 2019, a produção industrial recuou 21,9%. Desta forma, passou a registrar queda de 11,2% no acumulado do ano e baixa de 5,4% em 12 meses.
De abril para maio, a produção de bens duráveis cresceu 92,5% em maio. É um recorde na série histórica iniciada em 2002.
Em comparação ao mesmo mês de 2019, porém, a produção do segmento ainda mostrou forte queda, de 69,7%, o que evidencia a distância ainda a ser percorrida para eliminar as perdas provocadas pelas medidas de isolamento social durante a pandemia.
Já a produção de bens de capital, bastante sensível a ciclos econômicos, avançou 28,7% no mês em maio, recorde na série histórica. Ante um ano antes, essa categoria apresentou recuo de 39,4%.
A categoria de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, por sua vez, teve alta de 8,4% perante abril. Frente ao mesmo mês de 2019, a queda registrada foi de 19,3%, segundo os dados da pesquisa do IBGE.
A produção de bens de intermediários, a de maior peso na pesquisa, apresentou um aumento de 5,2% em maio, frente a abril, retirados os efeitos sazonais. Ante maio de 2019, a produção teve ainda forte recuo, de 14,6%.
Fonte: Aço Brasil