Atividade econômica no Brasil ficou estável em dezembro, aponta índice da IHS Markit
O avanço da vacinação e a maior mobilidade das pessoas propiciaram condições mais favoráveis ao setor de serviços em dezembro do ano passado. Com isso, a atividade terminou 2021 com indicadores muito melhores do que começou.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de serviços da IHS Markit para o Brasil ficou em 53,6 pontos em dezembro, medição igual à de novembro, o que representa marca conjunta mais baixa em sete meses.
Os números mais recentes, assinala a consultoria, indicaram aumento acentuado no índice de produção, o que foi creditado ao retorno de eventos presenciais e à liberação de alguma demanda reprimida conforme foram flexibilizadas as restrições em relação à covid-19.
O volume de novos pedidos, segundo os pesquisados, expandiu a um ritmo mais lento do que em novembro, embora tenha sido acentuado. O aumento nas vendas foi associado à crescente cobertura de vacinas e à flexibilização das restrições relacionadas à pandemia.
O aumento do total de vendas, diz o boletim, foi fundamentado pela recuperação da demanda internacional nos serviços brasileiros. Os novos negócios de exportação se expandiram pela primeira vez em quatro meses e pela terceira taxa mais rápida desde o início da pesquisa em setembro de 2014.
Os aumentos contínuos em novos negócios, diz a consultoria, estimulou contratação entre os prestadores O nível de contratação apresentou um crescimento sólido, apesar de a taxa ter sido a mais lenta desde agosto.
Ao mesmo tempo, os custos continuaram pressionando o setor. Os prestadores de serviços brasileiros relataram outro aumento nas despesas no final de 2021. Os custos de insumos aumentaram acentuadamente, mas pela taxa mais lenta em cinco meses.
Segundo a pesquisa, destacaram-se preços mais altos para uma ampla gama de itens, energia e combustível. Os aumentos geralmente estavam relacionados à fraqueza da moeda e à escassez de materiais entre os fornecedores. A taxa de inflação da produção também recuou para o menor nível em cinco meses em dezembro, embora permanecendo acima de sua média de longo prazo.
O índice ficou em 52,0 em dezembro, inalterado em relação a novembro e sinalizando o aumento conjunto mais lento na atual sequência de sete meses de crescimento.
O indicador mostra que o crescimento do índice de produção se estabilizou no final de 2021 à medida que uma expansão sustentada no setor de serviços equilibrou o enfraquecimento do setor industrial.
Um aumento acentuado nos novos pedidos agregados mascarou divergências entre produção e serviços. Os pedidos de fábrica caíram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, enquanto os prestadores de serviços registraram um aumento ainda mais acentuado no volume de novos pedidos.
O emprego no consolidado do setor privado no Brasil cresceu pelo sétimo mês consecutivo em dezembro, mas no ritmo mais lento nesse período, embora sólido no contexto dos dados históricos. A criação de empregos diminuiu nos setores industrial e de serviços, com o último liderando a expansão.
As pressões inflacionárias de custos permaneceram mais pronunciadas nos fabricantes do que nas empresas de serviços, embora as taxas tenham diminuído em ambos os casos.
No dado composto, a taxa de inflação caiu para o menor nível em cinco meses. Os preços cobrados por bens e serviços no Brasil continuaram aumentando em dezembro, uma vez que os custos adicionais foram repassados para os consumidores.
Fonte: Aço Brasil