China desacelera, mas cresce 8,9% e puxa indústria mundial do aço
Fonte: Valor Econômico
Locomotiva econômica asiática, com expansão de 9,2% no PIB do ano passado, a China continua a dar o tom na indústria mundial do aço. Fechou 2011 com o expressivo volume de 695,5 milhões de toneladas de aço bruto.
Com aumento de 8,9% na comparação sobre o ano anterior, o país puxou a média mundial (+6,8%), enquanto a União Europeia, envolvida em uma profunda crise, cresceu apenas 2,8%.
A indústria chinesa de aço só não cresceu mais porque entrou em desaceleração a partir do segundo mês do semestre passado, em linha com o esfriamento econômico do país.
De um patamar de 60 milhões de toneladas produzidas em maio, a China chegou em novembro com 49,9 milhões de toneladas. Recuperou-se na reta final do ano: fechou dezembro com quase 53 milhões de toneladas.
A enorme produção siderúrgica da China é impulsionada pela demanda de aço para expansão imobiliária, obras de infraestrutura e por vários setores industriais. Desde 2000, o país mais que quadruplicou o volume produzido por ano.
Com isso, a China passou a demandar cada vez mais minério de ferro importado – principalmente do Brasil e Austrália, de onde leva 64% do material comprado fora de suas fronteiras – para complementar a oferta interna.
O produto local tem alto custo de produção devido ao baixo teor de ferro das centenas de minas exploradas no país.
A forte importação levou o preço do minério a mais de US$ 200 a tonelada no mercado spot chinês. Atualmente, a principal matéria-prima do aço é negociada em US$ 140.
A expectativa é que a China acelere novamente sua máquina siderúrgica, após as comemorações do Ano do Dragão no início de fevereiro, e produza pelo menor 730 milhões de toneladas este ano.