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Com demanda firme, consumo de aço pode crescer 5,8%

A recuperação da demanda por aço no mercado brasileiro a partir do segundo semestre de 2020 fez com que as estimativas do setor no país ficassem mais otimistas neste ano. Para o Instituto Aço Brasil, o consumo aparente deve crescer 5,8%, atingindo 22,44 milhões de toneladas.

Para se chegar a esse consumo, o Aço Brasil estima que as vendas internas das usinas apresentem crescimento de 5,3%, totalizando volume de 20,27 milhões de toneladas neste ano. Já as importações devem somar 2,22 milhões de toneladas, evolução de 9,8%.

Com a demanda em alta no mercado brasileiro, as siderúrgicas devem produzir 33,04 milhões de toneladas neste ano. Esse volume, de acordo com o Aço Brasil, deve representar um crescimento de 6,7% ante 2020.

O presidente executivo da enitidade, Marco Polo de Mello Lopes, disse que com a retomada em “V” do setor no ano passado, melhorou o nível de utilização da capacidade instalada nas usinas. No final de 2020, as empresas usaram 70,1% e, segundo ele, a melhor média anual dos últimos cinco anos. Em abril de 2020, o indicador despencou a 45,4%.

“Se conseguirmos efetivar o crescimento que estimamos na produção, vamos melhorar mais ainda o grau de utilização da capacidade instalada”, disse o dirigente. Segundo ele, dos 14 altos-fornos que estavam parados no auge da crise, nove já estão operando. “Vale ressaltar que desses equipamentos inoperantes, seis já estavam paralisados antes da crise sanitária”, disse Mello Lopes.

As exportações também devem apresentar crescimento substancial, segundo Mello Lopes. Em 2021, as vendas externas previstas pela indústria do aço são de 11,71 milhões de toneladas, alta de 9%. Com esse volume, a receita poderá alcançar US$ 5,84 bilhões, um aumento de 9%.

Em valor, nas importações de aço, de acordo com o Aço Brasil, a evolução deverá ser de 9,8%, alcançando US$ 2,35 bilhões.

Quanto ao desabastecimento de aço no mercado brasileiro no ano passado, destacado por vário consumidores, Mello Lopes ressaltou que as siderúrgicas foram surpreendidas a partir do meio do ano, com uma demanda além do normal, em função da recomposição dos estoques de muitos clientes.

“Quando começou a recuperação em ‘V’, as siderúrgicas atenderam uma demanda dos clientes acima do normal. Asseguro que, no que diz respeito as usinas, não têm desabastecimento de aço. O problema pode acontecer na distribuição”, afirmou.

Empresas como Usiminas, CSN, Gerdau e ArcelorMittal têm distribuidoras próprias.

Com a retomada, o consumo, que em abril se previa recuo de 19,8%, reverteu a queda e fechou o ano em alta de 1,2%, em 22 milhões de toneladas. As vendas internas também aumentaram e alcançaram 19,24 milhões de toneladas, crescimento de 2,4%. Já a produção de aço caiu 4,9%, para 30,97 milhões de toneladas.

Fonte: Aço Brasil

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