Confiança da indústria avança 0,8 ponto em agosto, diz FGV
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 0,8 ponto em agosto de 2019, para 95,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quinto mês consecutivo, dessa vez em 0,5 ponto.
A confiança melhorou em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados em agosto. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,2 ponto, para 95,6. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,4 ponto, para 95,7. Apesar da melhora, ambos se mantêm abaixo do nível neutro de 100 pontos.
Neste mês, todos os indicadores que compõem o ISA apresentaram comportamento favorável. A melhora na percepção sobre os estoques foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA.
A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente aumentou de 5,2% para 5,4% do total, enquanto a parcela das que o consideram excessivo caiu de 11,8% para 10,8% do total, levando a uma alta de 2,4 pontos do indicador, para 96,5 pontos.
Os demais indicadores permaneceram relativamente estáveis, com produção apresentando alta de 0,8 ponto, e situação atual dos negócios com variação de 0,1 ponto.
Em relação ao IE, houve melhora das expectativas para os próximos três meses. Os indicadores de produção prevista e evolução do pessoal ocupado aumentaram em 2,0 e 2,2 pontos, respectivamente. Em compensação, o indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes caiu 3,1 pontos, tornando-se um freio para o índice.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,3 ponto percentual (p.p.) entre julho e agosto, para 75,8%, e acumula alta de 1 p.p. no ano. Em médias móveis trimestrais, o Nuci avançou pela quinta vez consecutiva, em 0,1 p.p., para 75,4%.
“Após três quedas consecutivas, a confiança da indústria apresenta um resultado positivo em agosto, mas ainda não é suficiente para compensar as perdas dos últimos meses e mudar a tendência de queda. Apesar do avanço dos indicadores mais operacionais, relacionados à demanda, estoques e utilização da capacidade, a percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios se manteve estável. Em relação às expectativas, os resultados são conflitantes. Se, por um lado, os indicadores para os próximos três meses avançaram, o sentimento dos empresários em relação à evolução dos negócios nos seis meses seguintes piorou”, diz Renata de Mello Franco, economista da FGV, em comentário no relatório.
Fonte: Aço Brasil