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Índice de Confiança da Indústria registra maior nível desde novembro, mostra FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) produzido pelo Instituto Brasileiro de Economia de Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV) subiu 1,5 ponto em junho, para 101,2 pontos. Este é o maior patamar desde novembro de 2021, quando alcançou 102,1 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais o índice avançou 2,1 pontos para 99,4 pontos.

“Observa-se aumento da satisfação em relação à situação presente dos negócios e avalições muito positivas quanto à demanda externa, com destaque para o bom momento dos segmentos de consumo não durável e intermediários”, afirma Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre. “Na ótica das expectativas as previsões são otimistas no horizonte de três meses, mas ainda cautelosas no de seis, uma diferença possivelmente decorrente da preocupação com a escalada inflacionária e dos juros internos, além do previsível aumento da incerteza durante o período eleitoral.”

Dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem, 13 apresentaram alta em junho. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,9 ponto, para 102,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,2 ponto para 100,2 pontos. Ambos atingem o maior nível desde novembro de 2021. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria teve elevação de 0,6 ponto percentual em junho, para 81,4%, o maior nível desde junho de 2014.

Dos quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho ocorreu no indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda por produtos industriais, com alta de 3,2 pontos na margem (102,9 pontos), alcançando o maior nível do ano. O indicador de percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios teve alta de 1,9 ponto, para 105,6 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (106,2 pontos). Após avançar 8,4 pontos em abril, o indicador que mede o nível dos estoques recuou apenas 0,2 ponto em junho, para 101,9 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).

Entre as expectativas, o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do ICI em junho, ao subir 2,4 pontos, para 102,9 pontos, o maior nível desde dezembro de 2020 (110,4 pontos). Os indicadores de tendência dos negócios para os seis meses seguintes e de emprego previsto para os próximos meses tiveram altas mais modestas, em 0,6 e 0,8 ponto, para 95,2 pontos e 102,6 pontos, respectivamente. O otimismo em relação aos seis meses seguintes segue bem inferior ao observado no horizonte mais curto, de três meses.

Fonte: Aço Brasil

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