Novo tipo de aço chega ao setor automobilístico
Fonte: Valor Econômico
Para compreender o que a indústria siderúrgica tem que enfrentar para dominar o mercado automobilístico, considere os sete cubos exibidos pela ZF Friedrichshafen AG, gigante alemã das autopeças, no Salão do Automóvel de Detroit, que terminou domingo. Cada cubo representava um material importante usado hoje para fabricar peças automotivas – um mercado de US$ 1 bilhão no qual as siderúrgicas vêm predominando desde os tempos do Ford Modelo T.
Dos sete cubos, o mais pesado era de aço. O mais leve era uma moldagem por injeção. “Estamos mexendo cada vez mais com todos os tipos de metais e de plásticos para cada peça”, diz Dieter Eulenbach, diretor de vendas e engenharia da ZF, empresa com faturamento anual de US$ 20 bilhões. “Sempre tentamos encontrar o equilíbrio certo entre custo, peso, durabilidade e plasticidade.”
Os fabricantes de alumínio, plásticos e esponjas estão correndo para alcançar as siderúrgicas, alegando que seus produtos são mais leves e mais maleáveis – quesitos fundamentais para a eficiência no consumo de combustível e o design de um carro.
Em resposta, as siderúrgicas estão desenvolvendo uma nova forma de aço, o “aço avançado de alta resistência”, que emprega uma abordagem semelhante à culinária “fusion”: alterar os métodos de cozimento e resfriamento, em vez de usar ingredientes caros, para modificar a composição química do aço.
A fabricação se baseia em uma linha de produção conhecida como “recozimento contínuo”, onde o aço é submetido a sucessivos tratamentos a quente e a frio, modificando sua microestrutura e, assim, sua flexibilidade e resistência.
O novo aço representa uma terceira onda siderúrgica para o setor automobilístico.