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Participação da Indústria fica estável

A valorização do real frente ao dólar nos últimos dois anos levou a uma estabilidade das exportações para a indústria brasileira. A informação é do estudo Coecientes de Abertura Comercial, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A participação das vendas externas na produção da indústria ficou estável em 15,7% a preços constantes, no acumulado de julho de 2017 a junho de 2018, na comparação com todo o ano de 2017.

No mesmo período, a participação dos importados no consumo brasileiro passou de 17,1% para 17,5%, a preços constantes. Além do coeciente de exportação e do coeciente de penetração de importações, o estudo, feito em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), traz ainda o coeciente de insumos industriais importados e o coeciente de exportações líquidas.

Desde o final de janeiro de 2018, o real iniciou movimento de desvalorização frente ao dólar, o que estimula as exportações e desestimula as importações, mas ainda é cedo para esse efeito se fazer presente nos coecientes. De acordo com a CNI, as mudanças devem ser sentidas nos próximos meses, com um aumento da competitividade das exportações brasileiras em razão da elevação da cotação da moeda americana.

O estudo alerta ainda que o cenário de maior instabilidade – tanto no plano externo, com a pressão sobre economias emergentes, quanto no ambiente doméstico, diante do quadro político – gera incerteza sobre a receita e reduz o efeito positivo sobre as vendas externas. Setores – No acumulado em 12 meses – até junho de 2018 -, o coeciente de exportação da maioria dos setores da indústria de transformação apresentou redução ou estabilidade. As maiores quedas frente a 2017 foram nos setores de metalurgia, veículos automotores, farmoquímicos e farmacêuticos e alimentos.

No setor de máquinas e equipamentos, o coeciente de exportação mantém trajetória de crescimento desde 2015. Na comparação com 2013, ano do menor percentual desde o início da série, em 2003, o indicador cresceu de 11,6% para 19,1% no acumulado em 12 meses (terminado em junho de 2018).

O coeciente de penetração das importações, que mede a participação dos produtos estrangeiros no consumo nacional, cresceu na maioria dos setores, especialmente em outros equipamentos de transporte (reboques, aviões, navios), produtos diversos (como brinquedos e jogos, bijuteria e similares), máquinas e equipamentos, vestuário e acessórios, farmoquímicos e farmacêuticos e produtos de metal.

De acordo com a CNI, apenas dois dos 23 setores da indústria de transformação (coque, derivados do petróleo e biocombustíveis; e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos) registraram queda do coeciente de penetração de importações. (ABr)

Fonte: Aço Brasil

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