Com a enorme demanda gerada pela exploração de petróleo, a construção naval brasileira começa a adquirir ritmo a partir da retomada das encomendas, no início dos anos 2000, após duas décadas de crise. Hoje, os estaleiros brasileiros empregam quase 80 mil pessoas na construção de navios e plataformas de petróleo.
O Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, é um símbolo deste processo: por falta de obras, chegou a fechar as portas na virada do milênio, mas hoje tem 6,5 mil trabalhadores em um ritmo intenso de obras. Na semana passada, o Brasfels recebeu de Cingapura o primeiro casco para uma sonda de perfuração do pré-sal, parte do pacote de 29 unidades encomendadas pela Sete Brasil. O convés e a integração de equipamentos da unidade serão feitos no Brasil.
O pacote da Sete Brasil movimenta cinco estaleiros no país, dois deles ainda em construção: Jurong Aracruz, no Espírito Santo, e Enseada do Paraguaçu, na Bahia. Também foram contratados os estaleiros Atlântico Sul, em Pernambuco, e Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Resta aos construtores comprovar que conseguirão entregar as embarcações em prazos e custos competitivos.