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Produção de aço bruto recua este ano, mas sinais são de retomada em 2014

Produção global de aço cai em janeiro; a da China recua 13% - Aço Rio de Janeiro

Fonte: Infomet

Apesar da demanda doméstica sustentada, o fraco desempenho das exportações limita o avanço da produção de aço bruto neste ano, mas sinais são de retomada em 2014

Sustentada pelo desempenho dos setores demandantes, as vendas de aços planos e longos devem avançar neste ano e no próximo. Para as vendas de aços planos, nossas projeções são de incremento de 3,5% em 2013 desacelerando para alta de 2,2% em 2014. Neste ano, o impulso origina-se no (i) forte incremento de vendas de veículos pesados, de tratores agrícolas e de máquinas e equipamentos, setores beneficiados pelos incentivos direcionados via PSI-Finame e (ii) no incremento de vendas da linha branca, beneficiadas pelas tarifas reduzidas de IPI. Para o ano que vem, o crescimento desses segmentos deve desacelerar, com a retirada dos estímulos do PSI e do IPI, mesmo que de maneira escalonada. Em sentido contrário, para os aços longos, esperamos leve aceleração, passando de uma expansão de 1,5% em 2013 para 2,0% em 2014, refletindo a retomada do segmento imobiliário residencial e o avanço dos projetos em infraestrutura e em construção de shoppings centers, galpões industriais e centros logísticos.

Em que pese o incremento de vendas de planos e longos, a produção de aço bruto deve se manter estabilizada neste ano, com leve recuo de 0,1%, refletindo o fraco desempenho das exportações de produtos semi-acabados1, cujos principais destinos são os EUA e a Europa, que respondem por 50% e 12% respectivamente dos volumes embarcados. Já para 2014, estimamos recuperação moderada das exportações, refletindo a melhora da atividade global combinada aos efeitos da depreciação do real, acumulada neste ano. Somando-se ao crescimento das vendas internas, esperamos sustentação para o incremento de 2,2% da produção de aço bruto.

O câmbio mais depreciado deverá continuar desestimulando as importações. De fato, as estimativas do Instituto Aço Brasil são de recuo de 14% dos volumes importados neste ano, reduzindo o coeficiente de importação de 15% para 12,5%.

Aços Planos – após fraco desempenho do ano passado, vendas se recuperam sustentadas pelos incentivos direcionados via PSI para máquinas e veículos e IPI reduzido para veículos leves. Retirada gradual dos incentivos deverá desacelerar as vendas em 2012

Em 2012 o segmento de planos registrou baixo desempenho das vendas, com aumento de apenas 0,5% em relação ao ano anterior. Com isso as importações também caíram 10,7%. As vendas foram afetadas pela queda de produção nos segmentos de veículos pesados, em razão da entrada da norma Euro V. A produção de caminhões caiu 39,4% e de ônibus 24,4%. Embora menos relevante, o segmento de construção, que responde por 8% das vendas de aços planos, também desapontou em razão da paralização de obras de infraestrutura e do fraco desempenho dos lançamentos de imóveis, que caíram 26,2% no ano passado. Refletindo o desempenho da construção civil, a produção industrial de máquinas para construção, medida pela IBGE, apontou queda de 23,1% em 2012.

Outros segmentos demandantes de aço plano registraram crescimento no ano passado, como autos e leves, máquinas agrícolas e linha branca, que registraram crescimento nessa ordem: 1,5%, 2,6% e 11,5%. O resultado, no entanto não foi suficiente para impulsionar a demanda por aços planos de forma mais robusta. De todo modo, não fosse o crescimento desses segmentos, a produção de planos teria variação negativa no ano.

Já as exportações apontaram recuo de 9,6% em volume no ano passado, refletindo a desaceleração da economia internacional. Mesmo assim, a produção de planos cresceu 4,4%, indicando que houve uma leve formação de estoques.

Em 2013, a indústria procurou o melhor ajuste dos estoques, de forma que, entre janeiro e julho, a produção cresceu apenas 0,6%, mesmo com a expansão de 5,7% das vendas domésticas e de 15,8% das exportações, seguindo a retomada da demanda principalmente na América Latina. As importações caíram 20,4% desmotivadas pela existência de estoques e pelo câmbio mais depreciado.

O impulso para as vendas internas foi originário da retomada da produção em todo o completo automotivo e máquinas agrícolas. Nos primeiros sete meses do ano, as vendas de veículos leves cresceram 14,3% em relação ao mesmo período do ano passado, incentivadas pela continuidade do IPI reduzido (volta escalonada), e as vendas de veículos pesados subiram 48% no mesmo período, com a retomada das compras pelas transportadoras. No mesmo contexto se insere a indústria de máquinas e equipamentos, que registrou expansão de 9,3% da produção nos primeiros sete meses do ano, frente ao mesmo período do ano passado. As vendas de máquinas agrícolas também registram crescimento de 17,5% no período, beneficiado pelo PSI e pela ampliação da renda agrícola.

A redução do IPI em dezembro de 2011 deu impulso à demanda por produtos da linha branca2, com isso, a produção desse segmento medida pelo IBGE cresceu 11,5% em 2012. Com a volta escalonada das alíquotas, as vendas estão desacelerando devendo fechar este ano com alta de 2,5%.

Aços Longos – segmento foi penalizado pelo fraco desempenho dos investimentos em infraestrutura e pela retração do mercado imobiliário

Em 2012 as vendas do segmento de longos registraram leve expansão de 1,0% em relação ao ano anterior. Como já comentado, as vendas foram contidas pelo fraco desempenho da construção civil, tanto residencial como de infraestrutura.

As exportações registram um cenário ainda mais fraco em 2012 – recuaram 22,8% em volume, refletindo a desaceleração da economia internacional. O mercado interno contido e o recuo dos volumes embarcados levaram a produção de longos a uma queda de 1,6% no ano passado.

Em 2013, sem recuperação ainda consistente dos projetos de construção pesada, as vendas de aços longos permaneceram no mesmo nível do volume vendido no ano passado, apontando elevação de 0,7% entre janeiro e julho, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Com a melhora da demanda nos países da América Latina, as exportações de longos cresceram 19,9% nos primeiros sete meses deste ano e a produção avançou 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Semi-Acabados – segmento penalizado pelo recuo acentuado dos volumes exportados para os países desenvolvidos, que estão refletindo o excesso de capacidade global na produção de aço

A produção de produtos semi-acabados de aço registrou recuo de 27,3% entre janeiro e julho deste ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado. Este desempenho resulta da queda acentuada de 23,5% dos volumes embarcados principalmente para os EUA3. Em que pese a melhora da atividade econômica norte-americana, o recuo da demanda por aço, está refletindo o excesso de capacidade de produção da siderúrgica global.

Aço Bruto – mercado doméstico em ascensão não está sendo suficiente para recompor perda com as exportações, levando a produção de aço a recuo no ano

A despeito da expansão do complexo automotivo e da retomada da construção civil, a indústria siderúrgica ainda continua com desempenho fraco, refletindo a perda de exportações que vem ocorrendo desde os primeiros sinais de desaquecimento da economia internacional em 2007. Com isso, as exportações perderam relevância para o setor siderúrgico – respondiam historicamente por pouco mais de 40% da produção siderúrgica brasileira e agora respondem por 25%. O principal item siderúrgico exportado, os produtos semi-acabados, que respondem por 70% do volume embarcado pela siderurgia brasileira, estão em queda acentuada, como já apontado.

Isso reflete dois principais aspectos: (i) o enfraquecimento da economia dos países desenvolvidos, nossos principais mercados de destino e (ii) o excesso de capacidade da siderurgia mundial. Refletindo o recuo das exportações de semi-acabados, a produção de aço bruto caiu 1,7% entre janeiro e julho, ante o mesmo período do ano passado. Ou seja, mesmo o incremento de vendas de aços planos e longos no mercado interno não foi suficiente para segurar a produção de aço bruto, muito afetada pelo recuo das exportações.

Sinais positivos à frente para os mercados interno e externo devem impulsionar a retomada da produção de aço bruto em 2014

Por fim, projetamos expansão para todos os segmentos demandantes de aço no mercado doméstico. Esperamos expansão das vendas de aços planos de 3,5% em 2013 e de 2,2% em 2014. Esta desaceleração resultará da retirada escalonada dos incentivos direcionados que estão impulsionando fortemente os segmentos demandantes neste ano, como o PSI e o IPI de veículos leves e da linha branca. Em outra direção, para os aços longos, estimamos crescimento de 1,5% neste ano e de 2,0% em 2014, como resultado da retomada gradual da construção residencial, que já está indicando sinais positivos de vendas e de lançamentos e da realização dos leilões de concessões de infraestrutura que deverão avançar nos próximos meses. Estimamos expansão de 2,1% do PIB da construção civil neste ano e de 2,3% em 2014.

Notícias positivas para as exportações de produtos siderúrgicos poderão ser esperadas para 2014, como resultado da melhora da atividade global, principalmente da indústria norte-americana e europeia, combinada à depreciação do câmbio. Somando-se isso ao crescimento das vendas internas de aços planos e longos, esperamos sustentação para o incremento de 2,2% da produção de aço bruto no próximo ano.

As importações, desfavorecidas pelo câmbio mais depreciado, estão exercendo menor concorrência no mercado doméstico. Adicionalmente, duas medidas desincentivaram a entrada dos importados. O fim da chamada “guerra dos portos”, com a equalização da alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)4, limitou a entrada de produtos de aço com um prêmio mais baixo. Em setembro de 2012 a alíquota do imposto de importação de 100 produtos (incluindo bobinas a quente e fio máquina) foi elevada para até 25%, com validade para compras fora do Mercosul (retirada de alguns produtos siderúrgicos da Lista de Exceção à TEC)

No entanto, o governo não renovou a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC). Mas ainda assim, o câmbio acomodando-se em nível mais depreciado deverá continuar limitando os volumes importados.

Mesmo com esse cenário melhor para 2014, o setor siderúrgico ainda terá excesso de capacidade ociosa, o que deverá limitar os investimentos em expansão tanto no Brasil quanto nos demais países produtores.

Retrato do setor

– Os produtos siderúrgicos são divididos em:

Planos (chapas e bobinas): 45% da produção total, com destinação para o setor automotivo e linha branca. 13% da produção de aços planos é exportada.

Longos (barras, vergalhões, fio-máquina, perfis, tubos): respondem por 33% da produção de siderúrgicos. O principal segmento consumidor é a construção civil. 9% da produção de aços longos é destinada à exportação.

Semiacabados (lingotes, placas, blocos e tarugos): 23% da produção total do setor. 92% da produção de semiacabados é destinada à exportação.

– Os principais segmentos consumidores de produtos siderúrgicos são: construção civil, complexo automotivo, autopeças, bens de capital, linha branca e utilidades domésticas. As distribuidoras respondem por 34% das vendas de aço das usinas siderúrgicas.

– Os principais mercados de destino de produtos de aço do Brasil são: 37,7% EUA, 8,2% Argentina, 7,4% Alemanha, 6,1% Coréia do Sul.

– A região Sudeste do Brasil concentra 94% da produção de aço bruto.

– A China, maior produtora de aço, detém 46,3% da produção. O Japão é o 2º maior, com 6,9% da produção. O Brasil está na 9ª posição, com 2,2% da produção mundial.

– As importações de produtos de aço respondem por 15% do consumo interno 10%. Os países de origem das importações de produtos siderúrgicos são: 30% China, 8,8% Turquia, 7,6% Coreia do Sul.

– O segmento de aços longos é mais sensível à redução do investimentos e à contenção do crédito, pois os produtos são destinados basicamente a setores sensíveis a estas variáveis como construção civil e bens de capital;

– O segmento de aços planos é mais sensível à variação da oferta de crédito e renda, pois está mais ligado à produção e vendas do complexo automotivo e linha branca. (Octavio de Barros | Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos – BRADESCO | Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos)

 

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