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Receita líquida da Gerdau atinge R$ 10,1 bilhões no primeiro trimestre de 2016

Nos três primeiros meses de 2016, a receita líquida da Gerdau foi de R$ 10,1 bilhões, uma redução de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a março, destacaram-se a forte presença da Empresa no mercado norte-americano, onde a receita líquida cresceu 12%, e o aumento de 72% das exportações a partir do Brasil, fatores que compensaram parcialmente o menor volume de vendas para o mercado interno brasileiro.

No primeiro trimestre, foram comercializados 3,9 milhões de toneladas de produtos de aço, volume 7% menor frente ao mesmo período do ano anterior. Já a produção de aço atingiu 4,2 milhões de toneladas, o que representa 4% de decréscimo, permitindo o ajuste dos estoques.

Diante desse cenário, a geração de caixa operacional (EBITDA) consolidada, de R$ 930 milhões, foi 16% menor frente ao primeiro trimestre do ano anterior, refletindo o menor desempenho das operações no Brasil nos segmentos de aços longos e especiais. Entretanto, quando comparado com o quarto trimestre de 2015, o EBITDA consolidado evoluiu 2%, cujos destaques foram o crescimento na Operação Brasil (exclui unidades de aços especiais) de 33% e o da Operação Aços Especiais (inclui usinas produtoras de aços especiais no Brasil, Estados Unidos, Espanha e Índia), que apresentou evolução de 15%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2015, os destaques foram a expansão de 40% no EBITDA da Operação da América do Norte (inclui usinas de aços longos nos Estados Unidos, Canadá e México) e de 44% da Operação América do Sul (exceto Brasil).

O lucro líquido consolidado, por sua vez, foi de R$ 14 milhões, apresentando 95% de diminuição frente ao primeiro trimestre de 2015, em razão do menor resultado operacional. Porém, o lucro líquido registrado no primeiro trimestre de 2016 representou evolução frente ao quarto trimestre de 2015, quando a Gerdau contabilizou um resultado líquido negativo ajustado de R$ 41 milhões, desconsiderando os itens não-recorrentes.

“Nossa forte presença na América do Norte e os esforços de gestão em todas as operações permitiram a redução de 21% do capital de giro no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, resultando em uma geração positiva de fluxo de caixa livre. Além disso, tivemos evolução no EBITDA consolidado em relação ao quarto trimestre de 2015. A sazonalidade tradicional do período na América do Norte e no Brasil, somada ao cenário de incerteza política nacional e da retração econômica vivenciada no país marcaram o primeiro trimestre de 2016. Entendemos, porém, que o impacto causado pela soma desses fatores no referido período não representa uma tendência para o resultado do ano”, afirma André B. Gerdau Johannpeter (foto).

Ao longo do trimestre, os mercados atendidos pela Gerdau apresentaram redução de vendas, com exceção da Operação América do Norte (inclui usinas de aços longos no Canadá, Estados Unidos e México). No Brasil, as vendas para o mercado interno (não inclui as unidades produtoras de aços especiais) foram 28% inferiores em relação ao mesmo período do ano anterior e somaram 896 mil toneladas devido ao menor nível de atividade da construção e da indústria. A queda das vendas no mercado interno foi parcialmente compensada pelo crescimento de 72% das exportações a partir do País, as quais atingiram 526 mil toneladas. Essa evolução se deveu à identificação de oportunidades comerciais no mercado internacional e ao câmbio favorável. Em relação ao quarto trimestre de 2015, porém, as vendas no mercado interno nos primeiros três meses de 2016 apresentaram aumento de 10% em razão da sazonalidade no período comparado.

As operações no Canadá, nos Estados Unidos e no México (não inclui usinas de aços especiais) comercializaram 1,5 milhão de toneladas nos primeiros três meses de 2016, 2% a mais do que no mesmo período do ano passado. Já as unidades da América do Sul (exceto Brasil) contabilizaram 505 mil toneladas vendidas, patamar 6% menor frente aos três primeiros meses de 2015. As vendas realizadas pela Operação de Negócio de Aços Especiais (incluindo usinas no Brasil, nos Estados Unidos, na Índia e na Espanha), por sua vez, totalizaram 632 mil toneladas, uma queda de 9% frente ao primeiro trimestre de 2015, devido à forte redução da demanda do setor automotivo no Brasil.

“Ao longo do ano, seguiremos em um processo de transformação na Gerdau, buscando gerar mais valor de mercado e ampliar a competitividade de nossas operações no mercado mundial do aço. Nossas prioridades seguem sendo a geração de fluxo de caixa livre – por meio da restrição de novos investimentos e da diminuição de custos – e a redução da alavancagem financeira. Também continuamos trabalhando na modernização de nossa cultura empresarial e na definição de iniciativas estratégicas que incluem a reavaliação do potencial de rentabilidade dos ativos”, complementa o diretor-presidente da Gerdau.

Investimentos da Gerdau alcançam R$ 485 milhões no primeiro trimestre

No primeiro trimestre, foram desembolsados R$ 485 milhões para a realização de investimentos em ativo imobilizado (CAPEX). O novo laminador de chapas grossas, com capacidade anual de 1,1 milhão de toneladas, encontra-se em fase de testes operacionais na usina Ouro Branco (MG) e sua entrada em operação está prevista para julho de 2016. Na Argentina, a construção da nova aciaria está em estágio avançado, sendo que 85% da obra foi concluída e todos os equipamentos já foram entregues pelos fornecedores. A capacidade instalada da nova planta, que entrará em operação no final de 2016, será de 650 mil toneladas por ano e deverá contribuir para a substituição de parte das importações de aço no país.

Para o exercício de 2016, a previsão de desembolso de CAPEX segue sendo de R$ 1,5 bilhão, priorizando a manutenção das plantas industriais existentes. Esse valor considera, portanto, uma redução de 35% nos níveis de desembolso em relação ao realizado em 2015, já que os principais investimentos em andamento da Gerdau estão sendo finalizados.

Fonte: Portos e Navios

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